As dores no corpo que te impedem de ter o dia a dia mais produtivo e feliz

A fáscia tem o papel de sustentar nosso corpo. Diz respeito à rede que tem a função de conectar músculos, tendões e ligamentos entre si bem como ao cérebro. Essa rede, que chamamos de “fáscia”, alcança toda e qualquer célula, agindo como um semicondutor capaz de sustentar uma atividade elétrica em alta velocidade, permitindo o fluxo de informação que une o organismo inteiro. Ela é uma fina camada que envolve músculos, tendões, ossos, vísceras e órgãos, tornando possível a manutenção do movimento entre os músculos, dando forma ao corpo e mantendo as diversas estruturas corporais no lugar.

No que se refere a utilização dessa rede para fins de cura, podemos citar o caso da acupuntura. Pesquisas científicas recentes mostraram que os meridianos de acupuntura se encontram na fáscia. Ou seja, por meio do entendimento de como funciona essa rede, o acupunturista faz a aplicação de uma agulha na mão para tratar o intestino, por exemplo.

Como outro exemplo de atuação da fáscia no sistema muscular, dizemos que essa rede de comunicação está restrita ou aderida, quando a função do músculo está limitada impedindo a movimentação do corpo. O movimento do nosso corpo é o resultado da ação do tecido muscular envolto pelo tecido conjuntivo fazendo com que os ossos não se toquem diretamente, embora haja uma tensão provocada pelos músculos e tecidos moles. Esse tecido aderido, endurece com o tempo, fixando um padrão postural desarranjado. Imagine um indivíduo que rompe o ligamento do joelho jogando futebol e vai para uma cirurgia. Primeiro, cria-se muita aderência, e mais do que isso, esse corpo vai compensar o lado que está fraco. Dessa forma, todo o corpo tenta se compensar para conseguir se movimentar. Porém esse corpo já entrou num padrão postural alterado que será sentido, depois de meses, como uma dor em algum lugar provavelmente distal da lesão primária do joelho.
A precursora em trabalhar a liberação da fáscia, foi a Dra. Ida Rolf, phD em bioquímica, que mais tarde desenvolveu uma técnica que ficou conhecida pelo seu nome – Rolfing. Essa técnica consiste em liberar essas aderências e trazer de volta o movimento original do corpo. Além disso, a técnica ensina como educar o corpo para viver em harmonia com a gravidade e deixando-o mais vertical, livre e solto.

Corroborando esse fato, trabalhos recentes de J. Oscchaman, phD, biofísico e biólogo da Universidade Energy Medicine, identificaram a fáscia como uma matriz viva, sendo uma rede que se estende pelo organismo humano cobrindo cada célula e unindo todos os sistemas internos do corpo.
Em resumo, todo o trabalho é efetuado sobre essa rede de comunicação e não por meio de canais de energia invisíveis que atuam a distância. Por fim, a fáscia é uma rede que possibilita o fluxo de informação que une o organismo inteiro em direção a uma reorganização sistêmica. E é dessa forma que todo o trabalho que envolve fáscia, ajuda muito no alívio das dores musculares e articulares, na melhora da postura, e consequentemente aumenta a sua auto estima colaborando na melhora da sua qualidade de vida.

Podemos alongar e soltar a fáscia de uma maneira fácil e simples.

Um exercício que eu gosto bastante é sentar com uma bolinha de tênis em cima dos ísquios. Fique por aproximadamente 1 minuto, depois retire e sente normalmente.

Outro exercício que utilizo bastante: em pé, apoie uma mão numa parede e fique paralela a ela. Faça movimentos de chutar a perna (sem dobrar os joelhos) para frente, para trás e para os lados, como se você quisesse jogar sua perna para longe, soltá-la do quadril, imaginando sua perna como um pêndulo.